domingo, 7 de janeiro de 2024

Ideias para uma leitura experimental

Para avançar na leitura é preciso bunda na cadeira. Ou mesmo, estar atirado num sofá confortável. Mas, nem sempre se consegue um ambiente adequado. No verão, o ato da leitura é mais aventureiro. Digo isso, pois, no verão aqui em casa é possível ler em todos os cômodos, o que no inverno não é bem assim. No inverno é frio como na São Petersburgo do Raskólnikov, e úmido como gabardine londrino. Voltamos então ao verão...

Sinta essa brisa soprando do janelão da sala, tão refrescante, tão compatível que ajuda inclusive no passar de páginas. Até no quartinho do fundo, no cantinho das roupas sujas, onde dorme a quinquilharia, ao lado do caixote de livros que serão doados à igreja, se transforma num local propício para praticar a imaginação. É como se a leitura no verão déssemos para procurar locais de poder, como o brujo Don Juan ensinava ao Carlos Castañeda.

Isso me deu uma ideia, iniciar uma prática de leitura experimental. Vocês já imaginaram ler de cabeça para baixo? Ler em um pé só? Ou mesmo equilibrar o livro sobre os joelhos? Poderíamos qualificar essas técnicas a uma espécie de Yoga: o Yoga Literária, ia ser experiência de transcendência com letras. Humm... senti a lâmpada acendendo.

Com isso, lembrei do Paramahansa Yogananda, o cara que disseminou a Yoga no ocidente. Como de hábito, sua data de nascimento é 5 de janeiro, e todos sabemos: o hábito faz sim o monge. Então, nesse verão, para entender um pouco mais dos princípios básicos da espiritualidade e da meditação, procure o livro “Autobiografia de um Iogue”. Quem sabe leia fazendo o Trikonasana. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário